Saber o que fazer diante da autolesão pode ser desafiador. O mais importante é agir com calma e empatia.
Ao acolher e conversar com o jovem:
Evite julgar, ameaçar ou minimizar a dor: ele(a) já está sofrendo bastante!
A escuta é poderosa: demonstre que está presente e disposto(a) a ouvir.
Apoie sem invadir.
“Você quer me contar o que está acontecendo?”
“Não precisa passar por isso sozinho(a).”
“Estou aqui por você.”
“Sei que as coisas estão difíceis para você. O que podemos fazer para melhorar?”
“Você só quer me dar trabalho.”
“Isso é besteira / falta do que fazer.”
“Você faz porque quer.”
“Não acredito que você está fazendo isso!”
Antes de continuar sua leitura, que tal dar uma olhadinha também nos seguintes vídeos que falam sobre autolesão e sobre saúde mental de jovens?
O que está por trás da automutilação?
Hospital Sírio-Libanês
“A prática da automutilação acomete pessoas que estão lidando com problemas relacionados à saúde mental, como ansiedade e doenças como o transtorno bipolar. Neste episódio da série Descomplica Saúde, os psiquiatras do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Guilherme Kortas e a Dra. Carolina Hanna Chaim, explicam como notar com antecedência possíveis sinais de automutilação, a importância da rede de apoio nessas situações, entre outros assuntos.”
Não tenho saúde mental pra lidar com minha saúde mental!
UNICEF Brasil
"A embaixadora Thaynara OG foi convidada para ler e responder alguns comentários sobre saúde mental que o Quebrando o Tabu recebeu dos seus seguidores. Ela ainda apresenta o Pode Falar, um canal de ajuda online em saúde mental para adolescentes e jovens, entre 13 e 24 anos."
Lidar com a vontade de se machucar pode ser muito desafiador, principalmente na infância e adolescência. Por isso, é importante descobrir ferramentas e atividades que causem distrações ou auxiliem na alteração do fluxo de pensamentos ao enfrentar a dor emocional. Alguns exemplos que podem ser experimentados e colocados em prática, tanto pelos jovens quanto pela rede de apoio, são:
Buscar companhia de pessoas importantes para conversar, jogar e passar o tempo juntos - de preferência presencialmente, mas se não for possível, é possível adaptar muitas atividades de forma online;
Ter um espaço tranquilo e acolhedor para relaxar e descansar;
Realizar um diário de emoções e monitoramento de autolesão, para entender melhor o que pode ajudar ou atrapalhar no bem-estar, inclusive alternativas testadas e como elas impactaram cada situação e sentimento;
Oferecer um ambiente seguro e sem julgamentos para conversar sobre o assunto de maneira realista, abrindo espaço para que o jovem compartilhe vivências, sentimentos e opiniões - as vezes só escutar, ou até mesmo fazer companhia em silêncio, pode significar muita coisa para quem precisa desse suporte;
Realizar acompanhamento terapêutico com serviços e/ou profissionais especializados, que podem auxiliar de maneira técnica e científica por meio de ferramentas terapêuticas específicas para cada caso;
Realizar exercícios físicos, auxiliando no funcionamento saudável do corpo e, consequentemente, da mente;
Passear e conhecer novos lugares interessantes, bem como descobrir novos hobbies/passatempos;
Assistir vídeos e filmes - tanto novos quanto aqueles que causam sensação de conforto, como alguns desenhos animados;
Ouvir músicas que estimulem sensações e memórias positivas;
Atenção! Em caso de lesão grave, extravasamento (saída) de muito sangue, presença de tontura, lentidão ou desmaios, procure imediatamente um serviço de saúde para receber atendimento hospitalar de emergência.
Para aprofundar sua leitura e compreensão sobre o tema, separamos alguns materiais que podem te auxiliar.
Os três primeiros livros estão disponíveis de forma virtual! Então é só clicar nas respectivas imagens e você será direcionado para o livro correspondente.
Já "Autolesão Infantojuvenil - A Menina Vic" é uma indicação de leitura disponível para compra somente em formato físico, caso você tenha interesse.
Autolesão Infantojuvenil - A Menina Vic - A história de uma adolescente que com auxílio de pessoas importantes parou de se autolesionar.
Juliana Vieira Almeida Silva et al. Editora Juruá, 2020.